A diástase abdominal é um distúrbio que ocorre, na maioria das vezes, após a gravidez. A condição, caracterizada pelo afastamento de músculos e tecidos abdominais, pode gerar transtornos aos pacientes e ainda não é um tema amplamente abordado pela mídia ou até mesmo em consultórios.
Assim, as pessoas costumam ter muitas dúvidas sobre o assunto, e é justamente por isso que trouxemos esse artigo especial. Reunimos a seguir as principais perguntas sobre o tema e todas as respostas. Confira!
A diástase abdominal é o afastamento anormal dos músculos e do tecido conjuntivo que fica na barriga, os responsáveis por formar o famoso “tanquinho”. Esse processo só pode ocorrer naturalmente durante a gestação, pois é uma forma de acomodar melhor o bebê no ventre. Após o parto, é comum que a região do abdômen apresente um afastamento de até 2 cm.
A diástase abdominal é uma das principais causas de flacidez após o período gestacional e, além disso, pode causar dores bastante incômodas na área da lombar. Quando esse afastamento de músculos e tecido possui até 5 cm, é possível realizar o tratamento da condição por meio de fisioterapia, por exemplo. Entretanto, a diástase pode chegar a 10 cm de distanciamento, exigindo procedimentos mais invasivos para a recuperação da pele.
Ainda que seja mais comum e natural entre gestantes e puérperas, a diástase pode aparecer em pessoas que não passaram pela gravidez. Nesses casos, costuma gerar um distanciamento entre os músculos abdominais maior do que 5 cm, exigindo tratamentos mais invasivos para a correção.
Esse distúrbio é perceptível em pessoas que passaram pela cirurgia bariátrica e perderam peso de forma muito rápida. Também surge em pacientes com 35 anos ou mais, que apresentam excesso de peso ou que costumam levantar objetos pesados com a postura incorreta.
Como citado anteriormente, a diástase abdominal costuma aparecer principalmente entre mulheres que passaram pela gravidez e, entre elas, alguns fatores podem ser considerados de risco. Os principais são: gestações múltiplas; gestações em sequência, com um intervalo de tempo muito curto; excesso de peso; e quantidade elevada de líquido amniótico.
Nos casos considerados anormais, esse distúrbio é mais preocupante quando associado ao excesso ou perda muito rápida e brusca de peso.
Para diagnosticar a diástase abdominal, o médico poderá realizar a análise física do abdome e solicitar alguns exames específicos, como a ultrassonografia ou a tomografia. Dessa forma, é possível verificar o tamanho do afastamento provocado e avaliar o tônus muscular do paciente.
Além disso, o próprio paciente também pode notar mudanças na região abdominal, que apresenta maior flacidez na área central da barriga e, em alguns casos, um relevo acima do umbigo ao levantar peso, tossir, espirrar ou se agachar. Algumas pessoas podem, ainda, confundir a diástase com o excesso de peso pós- gestação. Portanto, é de extrema importância que seja feito o acompanhamento do caso com um profissional qualificado, garantindo o diagnóstico correto da situação.
Existem quatro tipos específicos de diástase:
Alguns cuidados podem ser tomados para evitar o surgimento da diástase abdominal ou fazer com que ela não seja agravada.
A boa notícia é que a diástase abdominal pode ser tratada! O método mais recomendado para cada caso varia de acordo com o grau de afastamento do tecido e só pode ser definido após uma avaliação médica. Em geral, quando o distanciamento é menor do que 5 cm, a recuperação pode ser feita através de fisioterapia.
Nos casos em que o afastamento dos músculos e tecido conjuntivo é maior, o tratamento recomendado é mais invasivo. A cirurgia de amarração dos músculos é o método mais indicado para que o abdome se recupere.
As massagens podem ser um meio efetivo de auxiliar na recuperação após a diástase, em especial para o alívio das dores lombares causadas por essa condição. Contudo, vale a pena ressaltar que as massagens não são capazes de reverter o distanciamento provocado pela diástase, sendo necessária avaliação médica para o tratamento assertivo desse quadro.